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Ao contrário das demais cidades da Zona Noroeste, Bauru foi criada antes do início das construções da companhia. Na época sua localização representava o ‘limite’ do povoamento da região Oeste, sendo uma das razões pela escolha da cidade como ponto de partida dos trilhos.

 

Até o início das obras da ferrovia (1905), a principal via de acesso local e de interligação com municípios vizinhos se fazia com a Rua Araújo Leite. Com o início das obras, o centro econômico da cidade é transferido para a Rua Batista de Carvalho, próximo ao entroncamento das ferrovias Sorocabana e Noroeste. O ponto de encontro com a Paulista se faria anos mais tarde (1911) em uma região um pouco mais distante, concentrando os casarões e o comércio de maior vulto do município.

 

Todo o espaço entre a ferrovia e o leito fluvial é ocupado pelas companhias. Algumas empresas também se instalam nessa região. Em poucos anos a cidade se transforma em um grande entroncamento ferroviário, sendo até 1950 o principal pólo econômico do Oeste Paulista, Norte do Paraná e Estado do Mato Grosso.

 

Por muitos anos a cidade sobrevive do cultivo do café, algodão, amendoim e  mamona, produtos essenciais às suas indústrias de transformação, empreendimentos de representação nacional, comprovando que a cidade passa pelas diversas etapas do processo de evolução produtiva. Sanbra, Anderson Clayton, Matarazzo e Cia. Antártica Paulista, escolhem o município, o posicionamento destas companhias revelam a importância da ferrovia neste processo, uma vez que as unidades eram instaladas próximas ao leito dos trilhos, variável conforme o desenho de expansão urbana traçado pela cidade.

 

As relações existentes entre cidade x ferrovia x indústria permitem que as transformações ocorram em vários segmentos da cidade. Em torno das grandes indústrias e sedes das companhias, vilas operárias começam a se formar e com o tempo recebem benfeitorias, sendo interligadas ao traçado urbano. Equipamentos tipicamente urbanos começam a pontuar a cidade, financiadas pela ferrovia, desenvolvimento estratégico e econômico da localidade.

 

Como um dos principais entroncamentos ferroviários da América Latina, a atividade comercial sempre representou uma maior expressão econômica, resultado de seu posicionamento em meio a um importante entroncamento ferroviário, aliado a sua centralidade em meio ao Estado de São Paulo.

BAURU
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