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Localizada fora do inicial traçado previsto pela linha, a cidade foi criada em 1915, recebendo os trilhos da Noroeste somente em 1925, período onde as cidades ao redor já contavam com o auxilio da companhia para o fortalecimento de sua economia, sendo ponta de trilhos e única estação atuante do ramal de Pirajuí.

 

Este seria o trecho inicial de apenas dez quilômetros que saindo do km 75 da linha-tronco, deveria cruzar o Tietê e chegar a Novo Horizonte, totalizando 90 km de trilhos. O prolongamento nunca seguiu adiante. Serviam ao ramal trens mistos que partiam de Presidente Alves com sentido a Pirajuí e vice e versa. Pouco mais de vinte anos depois, a Noroeste decidiu integrar a estação ao tronco, sendo em 1948, entregue a nova.

 

A Estação de Pirajuí tinha como estratégia a ampliação da linha-tronco ramificada de Pirajuí à Novo Horizonte, não foram encontrados dados que comprovem o motivo da possível modificação do traçado, acredita-se que seja por possibilidades de extensão das relações comerciais da linha, uma vez que alcança categoria de município num momento em que suas lavouras de café ostentam o título de “maior município cafeeiro do Estado de São Paulo”.

 

Apresentando um traçado econômico mediano na região Oeste do Estado, a análise da cidade de Pirajuí demonstra sua importância em função da identificação das inúmeras frentes de atuação da ferrovia, que além do café contava com cultivo do algodão, cana de açúcar, milho, arroz em casca, feijão, amendoim, banana, mandioca mansa e mamona.

 

A cidade apresentava duas estações. A primeira localizada na porção central, recebia um desvio proveniente da cidade de Presidente Alves. A segunda, mais afastada do patrimônio interligava-se à linha tronco da Noroeste e foi inaugurada somente em 1948. O posicionamento industrial era próximo à antiga estação do município, sendo sua maior força o ramo alimentício. Se fazem mais presentes máquinas de beneficiamento de grãos, principalmente café. Olarias e serrarias também ocorrem mas visam apenas o suprimento do mercado local, sendo sua produção pouco expressiva. Mantinha transações comerciais com cidades como Bauru, Lins e São Paulo, exportando produtos agrícolas e importando gêneros alimentícios, tecidos armarinhos, ferragens, louças, materiais para construção, combustíveis, artigos elétricos e produtos farmacêuticos. Quanto às técnicas industriais, até o período em análise, não ocorre a instalação de unidades dotadas de altos índices de mecanização, tendo como prováveis motivos a forte vinculação da região com o café e a chegada da ferrovia em um período tardio.

PIRAJUÍ
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