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A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil chega a Santo Antônio do Campestre em 1908, a formação da cidade ocorre apenas em 1920, com o nome de Lins. O traçado inicial era composto por dois estilos distintos de arruamentos, o primeiro paralelo e frontal à esplanada, desenhado de maneira rudimentar, já o segundo ocorre de maneira regular. Lins também possui a presença de um ramal proveniente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, cuja estação localizava-se na porção central do município, próxima a antiga estação da Noroeste.

 

A primeira estação do município foi construída em 1908, margeando o patrimônio. Nos anos 50, em virtude de retificações do traçado da Noroeste, uma segunda estação foi construída na periferia da cidade, distante do patrimônio em virtude do crescimento urbano, planejamento e posicionamento industrial. Foram identificadas residências para os operários nas duas regiões.

 

Toda a região é cortada por vários córregos impulsionando diversas atividades em torno da industrialização do barro, entre as quais olarias, fabricas de telhas, ladrilhos e peças decorativas. A pecuária também ocorre com destaque possibilitando a instalação de diversos laticínios no município. A prática da policultura era marcante o que garantia a oferta variada de matéria prima para a indústria local. A forte presença de imigrantes, principalmente japoneses, garante a variedade da produção, atuando no cultivo de arroz, algodão e amoreiras, esta última destinada à criação do bicho da seda.

 

Apresentando desde indústrias artesanais com baixos índices de mecanização, até unidades de grande porte com notáveis índices de mecanização e consumo de energia elétrica, Lins é um belo exemplo da importância da ferrovia para o desenvolvimento industrial, uma vez que seu desenvolvimento é em parte consequência do fato de ser uma cidade “boca de Sertão” da ferrovia, aliado à disponibilidade de riquezas naturais da região.

LINS
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