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Este trabalho busca identificar o desenvolvimento do modelo ferroviário de transportes como elemento motor ao processo de urbanização da região Oeste do Estado de São Paulo, assim como identificar as influências exercidas neste processo, considerando tanto o contexto nacional, quanto internacional, gerados em meio da organização deste sistema e de sua paisagem urbana como um meio de promover a valorização do Patrimônio Industrial e o Patrimônio da Mobilidade no Brasil, uma vez que conforme descrito por Monbeig (1998: 338) “confunde-se a geografia das cidades com a das comunicações”.

A estruturação da pesquisa tem como ponto de partida a análise de diferentes centros urbanos dispersos ao longo dos eixos ferroviários (Alta Paulista, Alta Sorocabana, Noroeste e Araraquarense), envolvendo em alguns períodos a interferência de outras companhias em acréscimo à introdução do modelo rodoviário de transportes. Entre as companhias do Oeste Paulista, a Noroeste foi em menos de 10 anos responsável pela comunicação entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso (atualmente Mato Grosso do Sul), idealizado por inúmeros projetos ao longo do século XIX.

Neste processo, as ferrovias em meio ao “sertão”, passam a representar o primeiro meio de comunicação territorial e disseminação técnica e industrial em meio a toda esta região, um contexto onde as cidades em processo de formação poderiam tirar proveito de uma qualificada rede de infraestruturas urbanas, dignas dos grandes centros urbanos nacionais, modificando consideravelmente sua paisagem “selvagem” em meio aos “sertões desconhecidos”. (SALGUEIRO, 2006)

Referências Bibliográficas:

MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de São Paulo. Editora HUCITEC, Editora POLIS. São Paulo, 1998.

 

SALGUEIRO, Heliana Angotti (org). Pierre Monbeig e a geografia humana brasileira. Bauru: EDUSC, 2006.

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